Como diria Galeano

Como diria Galeano

Não sei se é notório que todo judeu é bem sucedido profissionalmente ou goza de relativo pleno êxito em sua área financeira. O fato de que a maioria do povo de origem e tradições judaicas é rico ou ocupa os cargos mais elevados é recorrente na história. Reza a lenda de que a segunda guerra mundial flertou com esse motivo.

Recentemente um livro foi lançado tentando interpretar e descobrir a razão dessa verdade. Qual o segredo que sempre posiciona judeus em cargos elevados e posições de relevância nas sociedades ocidentais e orientais foi a pergunta que norteou a obra. A resposta sugerida está numa espécie de pacto oral que a comunidade judaica fez em 67 depois de Cristo, que, segundo o escritor, assegurava que a partir de então todo judeu teria que aprender a ler, ter a capacidade de interpretação para examinar a torah (os cinco primeiros livros da bíblia) e a história de seu povo até ali. Daí, então, o possível motivo de ser quase unânime o sucesso entre eles.

Pensando cá comigo (eu entendo que seja deselegante mas permita-me as perguntas a seguir): não é intrigante que um "mundarel" de jovens no Rio de Janeiro não sabem o quão sua cidade é importante? Não conhecem a história de seu país, o processo de colonização do Brasil? O fato da América Latina ser provavelmente a região mais rica em natureza, beleza, cultura, valores naturais do universo? Por que nossa cultura não anela pelo planejamento? Como uma cidade como Tóquio pode produzir mais lucro turístico do que o Rio? É intrigante não conhecermos nem a história da nossa família, sendo assim, poderíamos analisar por quê estamos aqui, qual o propósito dos antepassados quando aqui estiveram. Seria bom olhar a "big picture", pensar fora da caixa, longe dos padrões convencionais e superficiais, para ver se a nossa atual situação econômica, social, emocional é legítima ou uma herança justa.

É perplexo ver, ainda hoje, alienação da juventude do Rio de Janeiro quanto ao poder, a política, a postura exemplar e o desafio de ser modelo para quem está ao seu alcance.

Como diria o escritor Eduardo Galeano "quem não conhece sua história está fadado a repeti-la". Ao que parece, se as coisas continuarem acontecendo e nada for feito, mais 500 anos de insuficiência, injustiça, alegrias e realizações privadas é o que está porvir.

Conheça sua história, conheça seus direitos, interprete seu tempo, faça a diferença. Você pode.

Tudo que a mente humana é capaz de imaginar, é possível ser feito, é o que ecoa a história aos ouvidos dos atentos.

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