Adeus, Champignon

Adeus, Champignon

Cazuza profetizou que nossos heróis " morreram de overdose". Se temos como heróis pessoa idênticas ou não é outra questão. O fato é que os heróis (e quando digo heróis não é no sentido onírico da palavra, e sim prático, digo referência) estão morrendo, desfalecendo. Os ídolos estão sendo desfeitos porque todo ídolo é criado e sustentado pela adoração e, nessa galeria de heróis mortos brasileiros recentes, poucos são os que tem conseguido isso: sustentar uma influência que dure alguns anos na vida cotidiana das pessoas. Como referências, eles normalizam práticas, e as práticas que os levaram até a morte são justamente as que não devem ser normalizadas. É irônico ver que estes, que emprestaram tanto sabor a vida, também trataram com pouca reverência e carinho a mesma. Gostava muito do Champignon, ex-baixista do Charlie Brown Jr., a banda que mais fez minha cabeça e moldou meu estilo de ser na juventude, que provavelmente se suicidou com um tiro na ultima madrugada, mas o fato é que precisamos de práticas, atitudes e postura melhores diante da vida. Precisamos de pessoas que sejam referência em construção de caráter, família, respeito e sonhos, não em destruição. Precisamos de novos ídolos. Procura-se novas referências para uma geração órfã, que ainda tem buscado em pleno 2013, ídolos da década de oitenta e noventa.

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