Manifesto Hominista

Manifesto Hominista

Tão antigo quanto o tempo em que ser machista era moda, é a cena do barrigudo sendo iluminado pela televisão com a barba por fazer reclamando com a mulher que a décima quinta latinha de cerveja ainda não está em mãos. Mas guarde este momento em mente, ele, de outra forma, continua sendo uma das últimas resistências masculinas nesse mundo moderno e pode ser a última gravura de um espécie: a HOMUS-SUPERIORIS.

Foi-se o tempo em que ser homem queria dizer alguma coisa ou dava privilégio para outras. Quem ilustra o fato com propriedade é Roberta Close. Hoje a nomenclatura está reduzida à pó! E pó que nós somos obrigados a limpar dentro de casa. Herdamos, muitos de nós, as vassouras, panos de chão...

Como diria Marx: Homenzarrada, Uni-vos!

Tarde demais...

Mercado de trabalho, futebol e esportes em geral, o maior salário de casa, o pesadelo do filho mais novo, todos esses territórios têm sido atacados covardemente pelo sexo outrora frágil que nem reconhece a tradição masculina cultural nesses locais, e o pior, ainda fazem despojos e escravos convertidos à essa seita. Os machos estão diminuídos à resignação e ao estoicismo. Aprendemos a choramingar pelos cantos e a frase que sai de nossa boca nos dias de hoje é a que se segue : “Você nem liga mais pra mim...Nada de cinema, nada de jantar...”. Até a função sagrada que nos elevava ao patamar de especiais tem nos sido tirada: nas ocasiões, quem toma a iniciativa de iniciar o affair agora são elas!

Essas “Femme Fatale” têm construindo uma nova reorganização antropológica mundial. São presidentas, chefonas de cargo. Eu sempre soube que o posto de mãe não satisfizera ao instinto de dominadoras. Pois que mandassem uma carta ao Criador reclamando das engrenagens da vida, porque mexer no orgulho de um homem ferido é golpe baixo, muito baixo.

O único reduto (ainda) intacto pertencente à nós é o controle remoto. Ave controle remoto! O especial objeto ainda nos cabe o domínio, talvez porque quando íntimos do aparato ficamos quietinhos, não enchemos o saco e na maioria das vezes, quando qualquer pedido é feito, bem na hora do jogo do Flamengo ou do Vale-Tudo, é aceito prontamente, sem espaço para a reflexão, já curta, do rapaz. Eu disse que TALVEZ essa seja a razão do nosso derradeiro santuário de superioridade não ser profanado.

Tempos difíceis se avizinham para nós. Mas acalme-se, o futuro não é negro, é cor de rosa.

Um comentário:

  1. HAHAHAHAH adorei! o futuro eh colorido meu amigo, e com direito a purpurina e td!

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