Dinheiro e seguidores de Cristo

Dinheiro e seguidores de Cristo

Quantos aqui já leram, sofreram ou participaram da corrente que assola todos os cristãos: a má interpretação social sobre o sexo?

Não raras vezes casais cristãos se encontram às avessas com esse tema que, biblicamente, se resume e se resolve de forma simples. Os conselhos encontrados nas epístolas do apóstolo Paulo, que foram responsáveis por dar 'limites' ao comportamento da classe, diz para que você seja homem de uma só mulher, que sexo só depois do casamento (uma vez que, segundo sua fé, você é templo do Espírito Santo, logo não há condições para ficar o praticando com qualquer pessoa que não tenha aliança com você).

Apesar de tudo muito claro, as complicações começam nesse nicho mesmo é no casamento; intrigas e até "greves" por parte de um dos aliançados estão na lista dos problemas. Grande parte dessa ideia generalizada em todos os núcleos religiosos ocidentais pode ser considerada fruto de uma ideia, lançada e consolidada pelo teológo Agostinho, ferrenho em sua luta pela dimunuição da importância do sexo.

Pois então, encontrada a razão, ou pelo menos a gênese dela, do porquê o sexo é um tabu mal feito nesse meio religioso, vale dizer que o mesmo acontece com a questão financeira.

Historicamente, Deus sempre foi um Senhor alheio à sua condição financeira no ato da decisão de estabelecer ou não relacionamento com a humanidade, o qual nunca conferiu o número de camelos ou a sua conta bancária para, na religião, ter intimidade com seus seguidores. Historicamente, também, é fato que a maioria daqueles que se aproximavam de Deus na torá (o pentateuco = os cinco primeiros livros da bíblia) tinham um relacionamento  muito íntimo com o grande número de posses ou o poder aquisitivo. Entre os exemplos estão Abraão — o qual, aliás, enriqueceu muito mais depois que veio a ter um relacionamento com o Eu Sou — Moisés, que apesar de ter vindo de berço pobre foi adotado posteriormente pela família do faraó e passou a viver nos palácios; e José, que de escravo se tornou um dos maiorais da maior potência econômica da época.

Os judeus, diferentemente de católicos e protestantes, dão um banho no tratamento homem x dinheiro.

Contudo, as palavras do Messias e o seu relacionamento com as finanças tem sido mal interpretadas.

Os franciscanos através da pregação de sua cultura de desapego à bens materiais e uma possível aproximação da pobreza como relatório de santidade, fizeram, tal qual Agostinho: novas bases para o pensamento de um determinado assunto, nesse caso, o dinheiro.

A partir de então, possivelmente, houve a oportunidade da instalação de uma nova doutrina no inconsciente coletivo dos cristãos. O dogma que assolou essa religião durante anos, proveniente dessa cultura que associa pobreza à santidade não é verdadeiro nem recíproco. Não se pode medir integridade religiosa de ninguém por ele ser rico. Riqueza no cristianismo não é sinônimo de pecar. 

Proveniente dessas ideias, muito pode se explicar sobre o julgamento negativo de alguns hoje em dia quando avistam alguma construção luxuosa ou quando intitulam algum sacerdote de ladrão. A questão ou o porquê disso algumas vezes vai muito além de um desvio moral ou ético, os próprios condenadores estão arraigados em uma base montada na cultura humanista, o que é extremamente lamentável.

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